sexta-feira, 6 de agosto de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
Critica do Jornal Rostos ao espectáculo 17 Abril no Barreiro
Uma sátira social em «busca» da actualidade
Uma sátira social que nos coloca perante o maniqueísmo patronato-operário de forma divertida e cómica.
Os actores vestiram os personagens deram-lhes autenticidade.
A brincadeira com o drama psico-social e os jogos de relacionamento dos personagens, prendem-nos, divertem-nos, aguçando a curiosidade sobre qual o sentido final do espectáculo.
A encenação está sóbria e permite a fluidez do ritmo da peça, contextualizando com o espaço exterior onde decorrem acontecimentos que marcam o próprio desenvolvimento da história.
A Antónia (desempregada), interpretada por Ana Carlos, tem um desempenho brilhante, segurando de forma muito firme a personagem e dando-lhe toda a vivacidade.
A Margarida (outra desempregada), assumida por Ana Monteiro, nota-se alguma timidez, mas vive a personagem com intencionalidade.
O João (Operário, Sindicalista e Marido de Antónia), papel vivido por José Santos, nota-se que vai «soltando-se» ao longo da peça, assumindo com algum retraimento o papel numa primeira fase, mas «soltando» o personagem e vivendo-o de forma intensa a partir do momento que assume o seu lugar na cozinha. A partir daí torna-se mais vivo e mais natural.
O Graduado da Policia/Sargento da Guarda/Pai, papeis desempenhados por Nuno Pacheco, são diversificados na sua presença em palco.
O policia é muito arrastado, e, ainda por cima teve o azar de o bigode lhe pregar uma partida.
O Sargento Guarda está espectacular, vivido de forma intensa, na dicção e bastante expressivo.
O pai está um pouco forçado, mas, acaba por estar adequado ao papel.
Nuno Pacheco consegue ser versátil na duplicidade de papeis e tem nota global positiva.
O Luís (Operário e marido de Margarida), vivido por João Martinho, é um personagem vivido plenamente, parece ser já um veterano em palco, espaço que domina e onde, sente-se, está confortavelmente, como peixe na água.
O Cangalheiro, papel desempenhado por Frederico Sombreireiro, está na dimensão do personagem.
Gostei do trabalho de actores. Estão perfeitos. No geral dominam as personagens e conseguem manter o ritmo e a exigência do espectáculo.
Um trabalho divertido com uma encenação que dá espaço para que as personagens possam respirar e as situações sejam vividas com ritmo.
O clima plástico da peça é realista enquadrando a acção no espaço e no tempo.
Quanto aos sons do exterior sentimos a ausência de protestos dos habitantes do Bairro, porque os únicos sons que nos chegam são as sirenes da «policia» e os avisos das buscas. Parece que só há acção policial e que esta não tem qualquer oposição, nem gera burburinhos dos habitantes do bairro.
Mesmo os actores – personagens – quando falam do exterior só comentam a presença de forças policiais.
A introdução de «actualidade» no texto parece um pouco forçada, independentemente, das contextualizações e interpretações que cada pessoa do público possa fazer, de acordo com os seus valores e opções. É o elo mais fraco da peça.
As personagens têm autenticidade. A encenação está sóbria. As interpretações estão excelentes.
O espectáculo é divertido. A «actualização do texto» surge estereotipada.
A intensidade dramática da peça e o seu ritmo fluído, não ganham com uma «linguagem» que empurra o espectador para um contexto inexistente.
Muito divertido.
Mas, em suma, é um espectáculo para ver e sobre a sua mensagem reflectir.
Porque, afinal, no teatro é importante que sinta quem vê…
Parabéns ao Luciano Barata e ao TELA, foi uma noite agradável
terça-feira, 13 de abril de 2010
O TELA no Barreiro
Como vai sendo hábito o TELA (Teatro Estranhamente Louco e Absurdo) estará de novo no Barreiro, onde representará a peça "Não Pagamos!Não Pagamos" Sábado 17 de Abril 21.30h, na SDUB "Os Franceses"
sábado, 10 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
E S T R E I A Adiada! "Não Pagamos! Não Pagamos!"
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Vem aí "Não Pagamos! Não Pagamos!
Sinopse
Porque os preços dos bens alimentícios voltaram a subir abruptamente,uma mulher, Antónia, participa, com outras mulheres desempregadas,num saque a um supermercado do bairro onde vivem.Esta, ao voltar para casa encontra e obriga uma amiga sua,Margarida, embora contra a vontade,.a tornar-se sua cúmplice.Entretanto descobrem, que a mercadoria “fanada”,que a Antónia trouxe ,contém, quase só, alimentos para cães e gatos.
Assim numa ginástica monumental ela oculta tudo o que acontecera, ao marido João, operário sindicalizado e membro dum partido político de esquerda, e, que é contra tudo o que seja contrário à lei estabelecida.
Por outro lado aparece Luís, militante de extrema esquerda,marido,de Margarida, operário na mesma fábrica que João, que o tenta convencer de que os patrões é que são os responsáveis por tudo, até pelo encerramento da fábrica onde ambos trabalham e cujo despedimento está eminente.
Surgem também, elementos da Polícia e da Guarda, com algumas contradições,a alimentar a confusão que se instala em definitivo.
Em simultâneo decorrem despejos nas casas em que habitam, porque as rendas não são pagas há meses,tal como a água, a luz e o gás que também serão cortados.
É esta a peça, onde o Drama e a Comédia se entrelaçam e inter-agem desesperadamente!